A Cidade de Bronze lançado pela Editora Morro Braco é o começo de uma nova série fantástica de baseada na história e na mitologia do Oriente Médio, ou melhor, uma série de fantasia épica sem pessoas brancas, tem estado cada vez mais em voga dar voz e evidenciar a diversidade e esse livro é um ótimo exemplo disso.
A lâmina incandescente cortou o pescoço do menino.
Aqui vamos conhecer Nahri, uma jovem vivendo no Cairo do século 18, e Ali, um jovem príncipe, enquanto eles lutam para se manter vivos, mantêm aqueles que amam protegidos e usar seu poder político de maneira responsável. Eles são apenas moderadamente bem sucedidos em alcançar esses objetivos. Vocês já vão entender!
A complicada e muitas vezes brutal história de Nahri, uma jovem parte humana, parte djinn, tirada de sua vida como vigarista nas ruas do Cairo do século XVIII, constrói um mundo que tem muito em comum com outras fantasias contemporâneas. Eis que ela descobre a razão por trás de seus poderes secretos e sua paternidade desconhecida. Ela entra em um mundo de intrigas e perigos e ainda desenvolve sentimentos românticos pela poderosa figura que a resgata.
A maior parte da fantasia histórica se passa na cidade mágica de Daevabad, uma antiga metrópole com divisões políticas e culturais igualmente antigas. A cidade de bronze, Daevabad a cidade, é um personagem em si e a exploração dos diferentes grupos de pessoas mágicas que o chamam de lar é um dos melhores aspectos deste romance, simplesmente amei!
O quadro político deste mundo é tão complexo que, às vezes, pode ser confuso. No entanto, mesmo em sua configuração mais confusa, a narrativa do livro é fácil de seguir e de envolver. Algo que me chamou muito a atenção foram as relações familiares entre Ali, seu pai e seus dois irmãos mais velhos.
O livro é narrado em terceira pessoa, alternando entre o ponto de vista de Nahri e o do Ali, o que dá uma percepção mais aguçada ao leitor para toda a intriga que se desenrola durante o desenvolvimento da trama. Enquanto Nahri serve como perspectiva de forasteira à medida que exploramos a cultura de Daevabad e djinn, Ali é humanizado e vemos a complexidade por trás da hierarquia afinal o próprio Ali está lutando para entender seu próprio privilégio e equilibrar o exercício de seu poder com o amor que ele tem por sua poderosa família.
Além disso, a história central de Nahri e seus sentimentos confusos pelo belo djinni Dara é atraente me deixou ainda mais apaixonada pela obra. A política de Daevabad, sua família real de mão pesada e a insurgência de Tanzeem trazem à mente o caos de tentar reformar um reino construído de diferentes facções.
A autora traz um pouco da realidade ao retratar o quanto o mundo muçulmano é tão diverso, realizado e fragmentado como qualquer outro, a Cidade de Bronze é uma obra complexa e completa e ambos os personagens Nahri e Ali, são jovens, o que faz com que os erros que cometem e as eventuais lições aprendidas sejam ainda mais verossímeis. Estes são dois personagens que tentam fazer o seu melhor, mas que são apenas humanos, em sua ingenuidade. Amei essa história!
Confesso que fiquei de cara com o final e não vejo a hora de ler o próximo livro da trilogia, então preparem o coração!
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A cidade de Bronze
Autora: S. A. Chakraborty
Ano: 2018
Páginas: 608
Gênero: fantasia
Editora: Morro Branco
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Espero que tenham gostado da resenha. Se você já leu o livro não deixe de me contar o que achou!
XoXo!💋
Oi, tudo bem? Acompanho pouco os lançamentos da Morro Branco e, por isso, não conhecia esse livro, mas ele me interessa muito. Acredito na diversidade e tenho cada vez mais interesse em me afastar da literatura europeia e americana. Sua resenha me fez lembrar de A maldição do tigre, que fala da cultura e das mitologias indianas. Na faculdade, conheci alguns autores do Oriente Médio e adorei demais, me identifiquei muito com essa literatura, por isso vou, com certeza, dar uma chance a essa série! Obrigada pela dica! :)
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
Olá, um colaborador do blog quem acabou lendo essa obra, ele amou demais e disse ser uma experiencia incrivel, sua resenha só comprova como isso é real, já quero ler pra ontem!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirPrimeiramente eu sou apaixonada por esta capa e não sabia do que se tratava o livro. Com certeza é uma fantasia cheia de representatividade já que é baseada na história e na mitologia do Oriente Médio. Adorei a resenha, quero muito ler este livro, agora mais ainda depois dessa resenha
Olá! Esse é um livro que eu quero desde que soube do lançamento. Adoro mitologias em geral, e achei muito bacana essa ser do Oriente Médio. Deve ser uma fantasia fantástica, eu gostei dos pontos que você trouxe na resenha, quero ler imediatamente!
ResponderExcluirbeijos
Olá,
ResponderExcluirNão sou de ler livros lançados pela morro branco por não fazerem o meu estilo mais esse me deixou curiosa e a capa é bem linda vou dar uma oportunidade ao livro
Eu achei o trabalho gráfico desse livro maravilhoso. Essa editora está me surpreendendo muito com os títulos que estão publicando e com certeza quero ler este. <3<3
ResponderExcluirSai da Minha Lente
Olá!
ResponderExcluirEu li uma resenha sobre esse livro há um tempo e me encantei com os elementos inseridos na história, confesso que tenho vários livros para ler mas estou muito tentada a ler esse.
Bjos
Lucy - Por essas páginas
olá... adoro tudo o que envolve o oriente médio, estudar a respeito e afins... gosto de leituras ambientadas nesse espaço, foge um pouco do lugar-comum. a premissa dele é interessante, só desanimo um pouco por ter continuação, pois no momento estou dando preferencia a tramas mais curtas, falta de tempo mesmo... :(
ResponderExcluirde qualquer forma, a sugestão foi anotada. Bjs :D