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Num dia desses zapeando pelos canais me deparei com o filme, cujo livro nunca tive curiosidade de ler. No entanto ao ver quase 30 do filme me peguei curiosa e resolvi dar uma chance a leitura.
Eu não sabia o que me aguardava nesse livro, mesmo lendo a sinopse e vendo 30 do filme, justamente por isso, cada página que avançava era um incentivo a mais para chegar ao final e descobrir como Quick resolveria a história de Pat.
O Pat que conhecemos no livro é um cara legal. Um tanto psicótico e bipolar, mas ainda assim, simpático. É um protagonista com carisma.
O livro começa quando Pat é tirado do hospital psiquiátrico por sua mãe e seu único objetivo é reencontrar Nikki, sua esposa que está passando um “tempo separados” desde que ele fez algo ruim, coisa que aliás, ele não se recorda o que foi. Essa não é a única coisa que ele não se recorda. Pat acredita que passou apenas alguns meses no “lugar ruim”, mas na verdade, foram anos. (Tenso!) O problema é que esse tempo não existe em sua memória. Agora que ele está de volta à casa dos pais, ele tem de lidar com sua reabilitação ao convívio, com o pai que não conversa com ele, os amigos pisando em ovos, o irmão que quer se reaproximar, a esposa que não pode ver, um terapeuta um tanto excêntrico e a louca Tiffany.
A primeira coisa que me cativou no livro foi Pat. Um sujeito com seus trinta anos que em muitos aspectos se comporta como uma criança, inseguro, birrento e intransigente. Da sua forma louca, ele é um charme. Seus lapsos de memória, o pavor às notas musicais do jazz de Kenny G, seus termos “tempo separados” e “lugar ruim” e sua tentativa em praticar gentileza são apenas algumas das coisas muito engraçadas e divertidas no personagem. Apesar desse não ser o "meu tipo" de mocinho, o Pat me cativou muito.
“Quando baixo o cardápio, tanto Tiffany quanto a garçonete estão me encarando, como se estivessem preocupadas. Então digo: – Cereais com passas. - Porque me lembrode ter lido que esse prato custa apenas dois dólares e vinte e cinco centavos.– Leite?– Quanto é o leite?– Setenta e cinco centavos.Acho que posso bancar isso, então digo:– Sim, por favor.”
Tiffany, a personagem que acaba agitando o mundo de Pat, também tem seus próprios problemas. Viúva depois de uma década de casamento, ela ainda sofre o remorso e a perda do marido. O primeiro encontro entre ela e Pat não é dos melhores e nem dos mais convencionais, mas certamente é indício do que esperar para os dois. Ambos estão sofrendo, cada um de sua forma e ambos tem suas consultas com seus respectivos terapeutas. Uma confusão anunciada, porém, necessária. Tiffany é ótima e sabe o que quer, e é ela quem de fato, mais ajuda Pat.
Apesar de parecer só divertido, o livro também tem seus muitos momentos de drama. E eu que esperava uma leitura leve para passar o tempo, levei um baque. A tristeza de Pat pela ausência da esposa é tão forte que é palpável. Além disso, sofremos junto com ele quando ele tenta relembrar dos anos perdidos e não consegue. Sofremos quando ele consegue relembrar. Compartilhamos seus sentimentos de perda e decepção.
O autor escreveu uma história tão boa e cativante que não consegui largar o livro. Apesar de ser bastante incomum de cruzarmos com uma história dessas na vida real, essa é uma história emocionante que fala de erros, arrependimentos, consequências e superação. É uma história sobre otimismo, sobre acreditar que o final feliz acontece para todos.
Recomendo!
XoXo!💋
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