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Quando achei que mais nada me surpreenderia no quesito distopia me vi completamente enganada. Ainda não li O Conto da Aia, ele está na lista, e após ler Vox fiquei ainda mais curiosa para conferir.
Em Vox , uma doutrina conservadora faz com que as mulheres percam seus direitos e sejam forçadas a retornar ao seu “lugar de direito” dentro de casa. Com premissa semelhante ao conto da Aia pois ambos trazem a figura feminina sendo reprimida pela sociedade patriarcal, porém neste cenário as mulheres possuem braceletes que contam a quantidade de palavras que elas podem dizer, um total de 100 palavras diárias.
Nessa obra são levantas questões extremamente pertinentes e porque não comoventes. Questões como, como você controla uma população? Silencie-os. Mantenha-os oprimidos. Tire o poder deles. Tire a voz deles. Como você começa uma revolução? Faça todas essas coisas e pense que você pode se safar por muito tempo.
A narradora da história é a dra. Jean McClellan, professora de lingüística e pesquisadora antes que ela e todas as outras mulheres fossem praticamente silenciadas e jogadas de volta à cozinha. A autora tem um doutorado em lingüística teórica de Georgetown. O amor pela linguagem e o medo de sua perda são palpáveis. Imagina você ter somente o direito de usar 100 palavras por dia, pois se passar disso tomará choques dolorosos.
A nossa protagonista convive com marido e filho adolescente e ambos por serem homens não tem necessidade de medir suas palavras, e enquanto isso ela tem que ensinar a sua filha caçula que ela precisa se conter para não passar dos limites. Imagine isso somado a uma noite de pesadelo em que a pobre desesperada quer contar aos pais seu terror e não pode?! E não para por aí, em uma idade crucial para o desenvolvimento de linguagem e habilidades de leitura, garotas como a filha de Jean só aprendem o básico de costura e aritmética na escola. Leitura e ortografia não são permitidas. Pior ainda, a escola começa um concurso diário para a criança que fala menos. Triste para dizer o minimo!
As coisas mudam quando Jean e seus colegas são os únicos pesquisadores capazes de curar uma doença rara que aflige o irmão do presidente. A mulher fica temporariamente livre de seu bracelete e retorna ao trabalho com um prazo estrito.
A narrativa as vezes se alterna e Jean volta para o passado, explicando ao leitor em trechos o que levou a esse novo padrão de sociedade. Como houve protestos, discussões na TV nacional entre pessoas de lados opostos. "Nada disso aconteceu sem uma briga", ela nos diz. Ela nos mostra os sinais de alerta ao apontar como ela e os outros poderiam ter feito mais para lutar contra o que acabou acontecendo.
Jean não é um protagonista perfeita, e acho que isso é importante de ressaltar. Ela é definitivamente simpática e fácil de cativar, mas também está fazendo coisas questionáveis. que levam a uma questão ainda mais sombria dessa sociedade distópica.
Vox te coloca no lugar de alguém afetado pelos resultados extremos da intromissão do governo na vida pessoal. É assustador, tenso e triste, arrepia só de pensar na minima possibilidade disso acontecer.
Enquanto Jean luta para ter de volta algo parecido com sua antiga vida, enquanto tenta consolar sua filha e corrigir seu filho equivocado, os eventos crescem muito intensamente à medida que a história avança.
Vox contém um conjunto de reviravoltas que o deixam virando página após página, desesperado para ver como tudo termina. É a era da ficção das mulheres distópicas. À medida que as coisas se tornam mais inseguras no mundo, a ficção distópica e politicamente tensa ganhou popularidade.
Recomendo bastante essa leitura!
FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
Menina, que resenha demais! Eu nunca tinha ouvido falar desse livro!
ResponderExcluireu ja tinha ouvido falar no livro e ele tem essa pegada do conto da aia que eu adoro (já li o livro e vi a serie) e eu to doida pra ler!
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
menina eu tô louca para conferir os livros da Atwood!
ExcluirObrigada pela visita!
Não li, mas fiquei bem curiosa... A forma como vc descreveu o texto é bem sincero
ResponderExcluirGostei, muito legal!
Blog ArroJada Mix|Blog Prosa e Texto|Blog Vapor da Cozinha
Não curto muito Distopias. Mas tenho de confessar que tanto Vox como O Conto de Aia tem me chamado muita atenção a cada resenha que leio a respeito...
ResponderExcluirParabéns pelo post e pela resenha!
Já li muitas distopias e tinha medo dessas não me cativarem, mas amei!
ExcluirObrigada pela visita!
Essa e a primeira vez que eu vejo a falar desse livro,não conheço.
ResponderExcluirMas fiquei super curiosa pra ler.
Ele é lançamento da editora arqueiro. Quando puder leia sim, você vai gostar!
ExcluirQue história intensa!
ResponderExcluirSó de imaginar os direitos (que muitas não valorizam), já me deu uma agonia.
Vou colocar na lista de leitura!
Nem fala Bruna! Leia sim você vai gostar!!
Excluirbjs
Bem interessante a proposta, fiquei curiosa.
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirParabéns pela resenha!! Já vou colocar na minha lista!
Beijos
Muito interessante ler esse livro. Adorei.
ResponderExcluirParece uma ótima leitura, gostei da resenha e fiquei ainda mais interessada em ler.
ResponderExcluirÉ emprenção minha ou tem um pouco de suspense?
ResponderExcluirMenina fiquei intrigada agora!!! Mas gostei muito do post
Bjs,
🌻keilycesporkeilaluciablog🌻
Obrigada pela dica, já anotei aqui para ler depois !
ResponderExcluirinteressante o enredo desse livros que no fundo tem muito a ver com a atualidade, fiquei curiosa pra conhecer o desfecho dessa família
ResponderExcluirLeia você vai se surpreender!
ExcluirUau, achei intrigante! Não é o tipo de livro que costumo ler. Te confesso que esse ano fui uma fracassada como leitora, pra quem tinha colocado a meta de ler 30 livros, li no máximo 5. Mas com certeza o Vox vai entrar na minha lista do ano que vem e torce por mim pra que eu consiga cumprir. Beijão!
ResponderExcluirSei como é. Devido a questões pessoais só retomei o ritmo de leitura e resenhas agora nesse último semestre!
ExcluirAnota essa dica sim, você vai adorar!
bjs